quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Surubair - Tour no ar para peladões e peladonas

Pronto, não faltava mais nada para ser inventado pela indústria do turismo mundial para atrair clientes! A boa da vez agora é o nudismo ou naturismo, sei lá, em pleno vôo. Recebi essa pérola de nóticia de uma amiga querida de Goiânia. Por sugestão dela, parece-me que o nome mais adequado para essa empreitada a quilômetros de altura deve ser mesmo algo do tipo SURUBAIR. Não é sugestivo? Com 'permisso' os naturistas que, pelo que eu sei, se engajam em um movimento sério de deixar tudo à mostra em prol da harmonia com a natureza, blá, blá, blá, mas o negócio aqui é complicado. Não custa perguntar: O que essa galera de pinto na mão e perereca descoberta vai ficar fazendo a 13 mil pés? Batendo papo, coçando o saco, lendo revistinhas pornôs de bordo, analisando a plástica dura ou molenga de cada um? Com o apertucho que são os aviões hoje em dia, o roça-roça de pêlos ao vento vai ser um problema. E se houver despressurização? Quem segura o quê primeiro? Vai ser peito e bunda mole pra todo lado! Sei não, mas essa coisa de SURUBAIR ainda vai dar o que falar. Começou em Berlim. E se vier para o Brasil? Aí sim, a máxima do 'relaxa e goza' de Marta Suplicy vai pegar de vez. E com a suruba rolando lá em cima, certamente, não sobrará Airbus sobre Airbus. Sendo assim, peladões e peladonas, preparem-se, Surubair está no ar...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

The Kite Runner

Away with the cliché that says that the book is always better than the movie! I read both books by Khaled Hosseini, and enjoyed both stories in different ways. As a writer for the masses, I think he does have a brilliant future to go. Now, The Kite Runner, the movie, is out. I have just seen it, and again, savored it in a different way too. My expectations were never too high, as I have always believed a movie, bringing the language and aesthetics of its own, can not (and does not have to) rely on details and strategies only literature has the power to create and convey. For someone who has not read the book, the movie does grasp the essence of the original story, and explores the strong and highly ideological and emotional parts at the right level. Nothing melodramatic. I loved to hear Farsi, one of Afghanistan's national languages, even though I couldn't grasp any word. The boy that played Hassan, the servant's son, and the protagonist's best friend, steals the show brilliantly and maturely, incorporating the character's noble subservience to Amir, someone he deeply cared for. Homayoun Ershadi, playing Baba, Amir's father (and finally Hassan's too) caught my attention too. All in all, the movie is different from the book, not better not worse. But we have to recognize that the cinema with all its power to transform words into images has the advantage to get us closer to the characters, fill up our ears and minds with the music, the culture, the flavors of the country where the story takes places. It's a great feeling too! So, read the book, watch the movie, and experience different sensations. The Kite Runner is one of those stories that deserves such deference!

sábado, 26 de janeiro de 2008

Pobres até na bandidagem

É por essas e outras que jamais cruzaremos a linha que nos separa do Primeiro Mundo. Nem na bandidagem de primeira linha somos detentores de alguma competência. Primeiro, os idiotas que roubaram espetacularmente o prédio do Banco Central em Fortaleza e, no dia seguinte, correram para comprar várias camionetes importadas. Deu no que deu. Agora, depois de darem cabo de duas obras valiosíssimas do acervo do combalido MASP, uma de Picasso e outra de Portinari, descobrimos que os dois ladrões eram uns pés de chinelo que mal sabiam o que estavam levando. Por sua vez, o cerebelo por trás da operação relativamente simples devido à fragilidade da segurança do maior e mais importante museu do país, era um cozinheiro de quinta do interior de São Paulo. Ah, que decepção! Diante desses currículos, lógico, mesmo contando com a ação de uma polícia capenga, em menos de um mês acharam os quadros. Que bom! Enxerguemos o lado positivo da história e, claro, combatamos a criminalidade. Mas venhamos e convenhamos, quando teremos um Ronald Biggs, um Bob McDougal, vivido por Sean Connery no filme A Armadilha (1999), que morava num castelo na Irlanda e de lá saía por alguns milhões de dólares para roubar obras de arte mundo afora? Isso sim, é que é ladrão categoria! Nós, como diria o grande e saudoso Bento Carneiro de Chico Anísio, seremos sempre vampiros de dentes careados. Até na bandidagem! Até na bandidagem. Para o bem e para o mal, viva o Brasil!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Ver o mar pela primeira vez

Para a gente que vive praticamente nas barbas do mar e muitas vezes sequer dá muita bola para ele, encontrar alguém que nunca viu o mar é uma sensação, no mínimo, chocante. É claro que existem milhares de pessoas que nunca viram o mar ao vivo, tocaram suas águas, molharam os pés. Deparei-me com uma delas ontem. Uma jovem de 30 anos de Goiás. Passado o impacto inicial, me deliciei com a pureza das sensações por ela descritas, onde o que mais me chamou a atenção foi o brilho do seu olhar. Que coisa mais linda! A materialização das necessidades simples que precisamos ter, fruí-las, mas que, infelizmente, pouco as estimulamos. A moça de Goiás me disse ainda que depois do 'batizado', após saborear o sal da água, o mais belo de tudo foi ver o mar à noite. O mar de Salvador à noite! Que privilégio! Segundo ela, uma noite de lua cheia. Para quem nunca viu, um banquete e tanto para a alma, um presente dos deuses. Imagino como ela vai se sentir quando for embora de Salvador e deixar o mar para trás. Será uma primeira vez para sempre. A vida tem que ser assim. Uma eterna primeira vez, uma conquista que se renova e brilha sempre, tal qual o olhar da moça de Goiás diante do mar.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Lobão em pele de lobão

Será que alguém nesse país ainda acredita na palavra de algumas figurinhas carimbadas e mal faladas da política brasileira? Zé Sarney, o último ou penúltimo dos caciques que nunca morrem, mais uma vez, usando como moeda de barganha o apoio do hoje mais que fisiológico PMDB, dita quem ele quer no governo Lula, mesmo a contragosto do hoje barba-branca, ex-chefe do ABC, ex-metalúrgico, companheiro Luis Inácio. Edson Lobão, um quase cadáver ambulante, é o nosso novo ministro de Minas e Energia. Lobão, uma espécie de João Durval ou Marco Maciel do Maranhão, entende tanto de energia quanto eu entendo de concursos para rei momo na Bahia vanguardense de 'Jackson' Wagner. Lobão tem um filho chamado 'Lobinho'. Será seu substituto no Senado via a excrescência da suplência naquela casa. Lobinho está enrolado com a justiça. Algo estranho? Claro que não. Disso tudo, o que fica para nós é a cara de constragimento completo e absoluto de Lula ao pegar na mão de Lobão e a certeza de que, mais cedo ou mais tarde, eu vou voltar a comprar vela, resgatar o meu fifó e começar a me acostumar a subir e descer 8 andares de escada todos os dias. Isso é que dá entregar uma pasta estratégica de governo a um Lobão em pele de lobão. Isso é que dá. Viva o Brasil e saudemos os tempos cubanos que estão por vir! Valhei-nos São Pedro.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

O Momo de Salvador não é mais o mesmo

Essa Bahia não se cansa de inovar. E quando é para pior, parece que nossos governantes capricham no exercício de dar mancada. Por essa do Momo magro e famoso ninguém esperava. Momo que é Momo é glutão, rechonchudo, barrigudo, pesadão. A própria imagem do Baco super 'nutrido'. Sempre foi assim e sempre foi uma festa. Agora, os aloprados do PT da tríade Abará-Acarajé-Axé, se ancorando descaradamente no cliché 'quebra de paradigma' (aarrgghhh!), decidiram, na última hora, mudar as regras. O Momo 2008 é um jovem senhor, de cabelos grisalhos, magrelo e que precisa de uma coroa tamanho P. Os gordinhos, candidatos ou não, estão revoltados. E com razão. E, nós, pobres mortais, pagadores de IPTU, estamos com eles. Não aceitamos essa agressão à tradiçao popular. Somos pela volta do Momo 'jamanta'. É ele quem anima esse Carnaval gigante, essa festa louca que nós, baianos, nos orgulhamos de ser a maior do mundo. E aí, a maior do mundo com um Momo raquítico? Não rola! Tragam o Momo de volta, faz o favor!!!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Ano Novo, dívidas velhas

Não esqueçamos. O ano novo está aí e o que a gente quer, acima de tudo, é muita saúde. Nada de ganância por bens materiais e afins. Esse tipo de comportamento, segundo especialistas da 'vida simples', está ficando cada vez mais fora de moda. O mundo ocidental, claro, sempre faz muita festa com viradas de ano em todo lugar e de todas as maneiras, sendo que aqueles mais animadinhos chegam a esquecer que a (dí)vida velha apenas troca de ano. E continua. E se vacilar, ela aumenta e vai cada vez mais assumindo um tamanho que não da nem mais para alcançar. Sendo assim, vamos dar vivas ao ano novo, vamos beber com muito carinho ao novo menino que está nascendo, mas não tiremos nossos pés do chão. Voar é mesmo para passarinho. As dívidas não morrem. E se forem de pobres, esqueçamos. Elas permanecem. Viva a vida no ano novo e morte às velhas dívidas!