Perdemos um grande escritor hoje. O mundo terreno está mais triste. O único Nobel da língua portuguesa. Um escritor de ponta que sequer chegou à universidade e teve no avô analfabeto o espelho de sua sabeodoria. Mas homens como Saramago, Jorge Amado, Milton Santos e tantos outros, não morrem. Transferem-se para uma outra esfera, nos legando um mundo inteiro de pensamentos, sonhos, artimanhas e realidades cruas, viscerais, abundantes. Portugual não o quis. Exilou-se na Espanha, mais perto d'África, berço da humanidade. De sua casa podia avistar a ponta do outro mundo. Cegou a todos com seu talento e sua disposição para nos fazer tremer do outro lado da história. "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" (1991) é um dos melhores livros de todos os tempos. A Igreja não gostou. A Igreja não gosta de nada. A Igreja vai passar... um dia. Saramago vive... para sempre.
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