Quem estava comigo na hora do pôr do sol nessa Bahia de encantos, jamais esquecerá de mim. Sou um mistério, uma sombra anônima que acaricia a pele de quem me ama e não esquece de me chamar quando o dia se vai e a solidão se aninha no peito. Este é o sol de minha amada, de minha terra em flor, das águas que pastam tranquilas entre dias e dias que passam lenta e vertiginosamente. Por esse sol da Bahia, o meu sol, eu lhe encontrei. O tempo vai passando e já não mais sei por onde vou. Só sei que vou e não conto nenhum dos meus passos. Não lembro o dia em que minhas mãos tocaram o mar de suas mãos. Só sei que foi num dia de sol. Faz tempo e o tempo não parou de passar. Ah, esse mar. Vem sol, vem chuva, vento, redemoinho e esse mar. Lá, num vai e vem que mexe comigo e me faz flutuar. Quem viu esse pôr do sol comigo jamais esquecerá deste mar. Jamais esquecerá de mim. Nesse sol, nesse mar. Aaaahhhh!
Um comentário:
O sol e as águas... Dois grandiosos encontros que acontecem com belezas infinitas e singelas. Em um deles, o astro rei, com todo o seu esplendor e magnificência se faz pequeno e se abaixa para encontrar com as águas tranquilas do mar e ali produzir o espetáculo pleno do pôr do sol. No outro as águas fortes, vorazes, velozes do Iguaçu do meu Paraná se encontram com as pedras e produzem um verdadeiro show de graça e poder! A vida é assim: se torna mais bela e mais completa nos encontros. Nos encontros saudosos de pais e filhos que estão distantes, nos encontros fraternos de novos e velhos amigos, nos encontros da classe que se une com um objetivo e comprometimento comum, nos encontros apaixonados dos esposos. O soberano sol e as fortes águas nos mostram isso na sua simplicidade: Eles precisam do encontro para produzir grandes espetáculos!
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