Se houve uma personagem que segurou a trama de forma brilhante em Passione, novela da Globo que acaba de acabar, foi a tal da Clara, interpretada com competência máxima pela femme fatale, Mariana Ximenes. Mesmo não precisando da generosidade de um ator experiente como Tony Ramos, no papel do "corno que não é besta, não", Ximenes passou a ser a vilã mais amada do país, segundo essas revistas insossas de novela que povoam as bancas de revista e o imaginário de quem pouco tem o que fazer na vida. Além de linda, Mariana incoroporou tão bem a canalhice brejeira de Clara que, com certeza, ninguém queria que ela se desse mal. E não deu outra. Acertando a mão na verossimilhança, o autor e sua turma de ajudantes deixaram a mensagem bem clara, com perdão do trocadilho, que mesmo sendo detidos pelas malhas da Justiça, a maioria dos bandidos de alto calibre (Clara era desse naipe) continua se dando bem e à solta, livres, convivendo conosco e desfrutando do prestígio que lhes fora outorgado. Se Clara continuasse presa ou morresse, certamente, a "arte não imitaria a vida" nessa terra Brasilis. As Claras da vida estão aí, bem ao nosso lado, de terno e gravata e/ou de BMW's e donas de lojões de luxo. Claros como a luz do dia, bem na nossa cara! Gostei do desfecho. Coerente! Ah, e matar uma belezura como Ximenes seria o fim! Viva, Clara. Viva Chiara!
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