E por falar em lixo, me deparo com a notícia de que o documentário brasileiro "Lixo Extraordinário", levado ao mundo com o nome de "Waste Land", foi indicado para o Oscar 2011, na categoria "documentário". Dirigido por Karen Harley, João Jardim e Lucy Walker, a película conta a história do trabalho do artística plástico Vik Muniz, paulistano radicado nos EUA, em projeto inédito com badameiros do lixão de Jardim Gramacho, o maior aterro sanitário do mundo, no munícipio de Duque de Caxias, Baixada Fluminese. Vik é ninguém menos que a cabeça criativa por trás da bela abertura da novela Passione, de Sílvio de Abreu, onde todas a imagens são feitas a partir do lixo ou materiais recicláveis, como preferem os artistas. Ainda não vi o documentário, mas pelas críticas que tenho lido, parece que é uma obra de extrema sensibilidade e que toca fundo em uma das nossas muitas feridas sociais, mostrando, contudo, que é possível encontrar-se beleza em situações tão adversas. Juntar arte e lixo pelas mãos e corações daqueles que ali vivem e confundem suas histórias com a daquele lugar aparentemente repulsivo é a grande ideia do artista. O resultado é avassalador. Segundo Rubens Ewald Filho, crítico de cinema, não se trata de mais um daqueles documentários que estreiam às pencas toda semana, mas "um retrato de um grande artista que criou um projeto internacional de grande repercussão e que resultou também num filme forte e comovente", tendo como protagonistas gente comum e pobre, mas com personalidades cativantes. Puxa, vou correr para ver "Lixo Extraodinário". Estou precisando dessas injeções de arte e criatividade para seguir acreditando na vida moderna. Recomendado!
Um comentário:
Pois é... Eu também estou esperando para ver o documentário... Super curiosa para conhecer um pouco mais da vida de Vik e de seu trabalho com aquela regiao. Pelo que vi deve ser realmente fantástico!
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