2011, 13 de janeiro, quinta-feira, dia da Festa do Bonfim nesta terra da Bahia. Como sempre, eu não vou. Muita muvuca para minha pouca tolerância a multidões. Mas admiro e fico orgulhoso com a dimensão desses festejos, sejam no nível da fé ou da festa profana. Tudo vale. Neste ano, a novidade é a proibição de terem jegues nos cortejos. A Justiça ancorou-se no argumento de que esses animais seriam maltrados pelos bandos de "jumentos" embrigados que, no afã de se divertirem, colocavam uma carga muito além das possibilidades dos animais de puxarem. Bem, gente gostou, gente reclamou. A festa vai em frente. Tem de tudo, mas o mais belo é mesmo aquele cortejo de baianas, todas vestidas de branco, carregando na cabeça seus chiques jarros de água de cheiro. Cheiro de alfazema, cheiro de mar, cheiro de Bahia, cheiro, em especial, do glorioso Senhor do Bonfim, o nosso Pai Oxalá, que lá está, bem acima de nós, cuidando da gente, olhando por essa galera tão frágil. É festa na Bahia. Quem puder, vá, e curta bastante. Tem festa pra todo mundo. Lembrar um pouco do "dono" da festa, não faz mal. E depois, abençoados, é só seguir e ser feliz. Ah, esta é a nossa Bahia. Dia de festa. Dia de Bons Fins. Axé!
2 comentários:
Querido Sávio,
Escrever sobre algo é levar os leitores a descortinarem cenas que talvez não seriam vislumbradas se imersos estivessem na circunstância narrada. Não fui ao Bomfim. Na verdade, nunca participei desse evento, mas pelas palavras que pintaram o seu parágrafo sobre a festa, pude ter um desenho saviano sobre ela e confesso que elas engendraram uma vontade de, ano que vem, fazer parte dessa celebração sagrada e, sobretudo, profana. Aproveitando o ensejo da festa à que você me conduziu com suas palavras, ao depreender imagens significativas sobre o evento de ontem, desejo que tenha um BOMFIM de semana! Beijos.
Nanda, querida, que bom ter vc aqui. Acho a festa linda, embora não mais me interesse em lá estar. De longe, lanço meu olhar. Um Bonfim de semana para vc também.
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