De Mia Couto "roubo" novamente as palavras que provocam a reflexão. Fala ele desta mãe que, por não ser mãe de verdade, segue pela vida cuidando de arranjar "filhos" postiços para assim dar-se em devoção: "Vou sendo mãe avulsa, deste e daquele. Biscateio maternidades" (Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, Cia. das Letras, 2002, p.147). Ah, as mães! Quantas delas, legítimas, dedicadas, entregam-se aos seus filhos de corpo e alma, trazem no mais íntimo da alma a abnegação de dar a vida à vida, seguindo o ciclo maravilhoso de exercitar o mais belo dos dons. Ah, tantas mães, às vezes injustiçadas, abandonadas por aqueles que sequer sabem reconhecer o papel dessas guerreiras na nossa vida. Uma vez mãe, nenhuma delas volta a ser a mesma mulher. E como seria bom que nunca precisassem biscatear amor, atenção, carinho, respeito. Elas são a razão da vida e por elas estaremos sempre seguros, protegidos, amados. E lá seguem as mães. Sem elas, a vida não teria graça. Não haveria a vontade de a gente tocar a vida para frente e um dia lhes agradecer pelo amor de uma vida inteira. Ah, as mães. Biscateio seus amores, seus beijos, suas orações. E me torno alguém melhor a cada dia. Ah, mãe!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário