No opressor e competitivo mundo da estética atual, mulheres magras e lindas se acham gordas, gordinhas interessantes se acham obsesas, obesas... essas precisam mesmo se tratar. Mais do que nunca, vive-se e cultua-se a máxima do parecer isso ou aquilo. Navega-se nas ondas e nas ilusões do bisturi. Com a ajuda da indústria da cirurgia plástica, hoje um grande balcão de negócios, busca-se a todo custo a padronização plastificada no sentido de se adequar a modelos quase sempre impostos pelo implacável universo da moda. Nessa guerra de egos e quilinhos a mais ou a menos, saio em defesa das 'cheinhas' que, como sabemos, caso sejam muito bem resolvidas, têm sempre algo mais a nos oferecer. Como bem ilustra o ditado popular, "quem gosta de osso é cachorro magro em fim de feira". Um rosto lindo plantado em um corpo excessivamente esguio, pra não dizer anoréxico, é apenas um lindo rosto. Fernando Botero, o grande escultor colombiano, como ninguém, soube (e por isso tornou-se famoso) relativizar essa questão da estética do 'gordo', quase sempre associada ao 'feio', ao 'repulsivo'. Suas esculturas são adoradas mundo afora. Sendo assim, se vale uma singela dica, principalmente para as mulheres, desde que nunca se rompa a tênue linha entre saúde e doença, umas polegadas a mais (viva Marta Rocha!) não deixa de ter seu charme. Para muitas é o 'plus' que muito marmanjo adora. E nessa discussão toda, o que vale mesmo é o estado de espírito. O resto, cada um que viva e aproveite à sua maneira. Em especial, as gordinhas. Elas, apesar das "mulheres de plástico", continuam lindamente 'fashion'.
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