segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Lá pelas águas vou eu

De volta ao paraíso. Adentro o manancial do Iguaçu pelo lado da Argentina. Passamos por cima do leito do rio, quase lambendo suas águas e decifrando suas mensagens. Este rio é algo que só Deus pode explicar. Não há como nos cansar de apreciá-lo. Na sua rebeldia elegante, sinto como se um dia eu o pudesse domesticar. Ando mesmo precisando (des)domesticar alguns sentimentos aqui dentro de mim. Por que será que ando tão controlado? Por que não rompo minhas amarras e me atiro nas corredeiras? O Iguaçu desce ferozmente paredes abaixo e aqui fico eu a admirá-lo, tentando entender que a vida é mesmo muito engraçada. Ela nos testa com tanta fineza que em apenas um dia, um longo e encantado dia, eu queria que o mundo parasse e eu pudesse ser um outro alguém. Eu queria me atirar. Domar o rio e me deixar levar, beber as águas que descem de lá. Bem de lá. De lá. Lá.

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