terça-feira, 28 de dezembro de 2010

De tanto amar, de tanto amor...

Por que será que este menino mexe tanto comigo? Não se trata apenas do fato de Pedro ser o meu filho caçula. Há algo de mais grandioso entre este menino e eu, menino que sou e também não quero crescer. Por que o amo tanto, por que temo tanto que um dia posso perdê-lo? Ah, mas como diz o grande Gibran em "O Profeta", "vossos filhos não são vossos, embora estejam junto de vós, não vos pertencem". Por mais que isso seja uma verdade crua e dilacerante, tento aos poucos me sentir desta forma, ser o arco "dos quais vossos filhos são arremessados como setas vivas", ainda Gibran. Esse Pedro pedreiro menino sapeca, alegria maior de minha casa, me inebria e me faz, cada vez mais, um danado menino. Ao apertá-lo contra o peito, vivo e revivo milhões de vezes a minha vida que espero se estenda o bastante para vê-lo menino criado e feliz vida afora. De tanto amar, de tanto amor, me perco nessas sensações de que um dia Pedro vai voar e me deixar. Peço egoisticamente que ele não cresça, mas ele vai esticando e virando menino grande, conversador, o meu más grande amor. Aff, esse Pedro malandro, que amo mais que a mim mesmo. Por que o quero tanto? Por que é menino? Por que é o meu menino? Mas nossos filhos não são nossos, Pedro não é meu. É do mundo, de Deus. Não sei, esse Pedro, esse Pedro é meu, meu amor maior, do mundo meu! Esse Pedro é tão meu... tão meu!!!

Um comentário:

Lucielen disse...

Olha que linda a foto! Muito bonita a sua declaraçao para o Peo também!!!