sexta-feira, 18 de junho de 2010

Um adeus a José Saramago

Perdemos um grande escritor hoje. O mundo terreno está mais triste. O único Nobel da língua portuguesa. Um escritor de ponta que sequer chegou à universidade e teve no avô analfabeto o espelho de sua sabeodoria. Mas homens como Saramago, Jorge Amado, Milton Santos e tantos outros, não morrem. Transferem-se para uma outra esfera, nos legando um mundo inteiro de pensamentos, sonhos, artimanhas e realidades cruas, viscerais, abundantes. Portugual não o quis. Exilou-se na Espanha, mais perto d'África, berço da humanidade. De sua casa podia avistar a ponta do outro mundo. Cegou a todos com seu talento e sua disposição para nos fazer tremer do outro lado da história. "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" (1991) é um dos melhores livros de todos os tempos. A Igreja não gostou. A Igreja não gosta de nada. A Igreja vai passar... um dia. Saramago vive... para sempre.

Por que temos medo da felicidade

Felicidade! Ah, a felicidade. Estamos cada vez mais com medo dela. Se somos felizes, ainda que por alguns momentos, morremos de medo de externar nossos sentimentos. Estamos sufocados nos nossos receios, estancados no nosso tesão de querer amar, desejar, acender a chama que vela toda a nossa vida. Estamos tão covardes. Deixamos de nos aventurar. Nos trancafiamos nos nossos martírios, esmurecemos nos nossos desafios. Entregamos as nossas ruas ao bandido, que nos ferra como fera ferida e não nos deixa ser felizes na nossa mente, no nosso cotidiano de sofrimento. Onde buscar a felicidade? No beijo na boca? No gol da seleção? No quartinho secreto de uma sala de bate-papo? Onde esconde-se a felicidade? Temos medo dela porque esquecemos que viver é isso. É transitar. Despistar. Transitar.

Why we are losing our sensibility

I thought when I grew older I'd be able to better analyze human nature. I ain't. I think people are definitely leaving their sensibility behind. Hostility has become rule among friends, colleagues, lovers. Lovers who do not love, but hate. I thought I would be free to fly out in the sky as high as I wanted. Got my wings all right, but vultures are everywhere trying to curb my intentions, my flight plans, my endeavors. Why should I worry about them? Because they simply do not leave me alone. They are losing their senses and I hope they lose their heads as their world turns head over hills. I believe in coopeartion. Those who do and practice it, be here with me. I have got a dream. Here, take my hand; give me a hand.

terça-feira, 1 de junho de 2010

O Havaí não é aqui

Puxa, o Havaí é mesmo um lugar mágico nesse mundo de meu Deus! Uma viagem para lá, assim meio "off-the-beaten track", pode nos levar a descobertas impressionantes. Se for ao Havaí, é preciso separar um tempo para ir à Big Island, ou a ilha do Havaí, a maior de todas e a única que ainda tem vulcões em plena atividade. Honolulu é um charme e encontra-se assentada na ilha de Oahu, onde vive 80% de toda a população das ilhas. Pearl Harbor ainda choca o visitante menos avisado. O USS Arizona jaz lá na sua tristeza infinda, simbolizando um período terrível de guerra e de briga por territórios, por mares e poder. Perderam todos, os EUA, o Japão, o planeta. O Havaí nos dá uma lição de preservação infinda. É juntar o preto no branco, as pedras vulcânicas e os corais na beira da praia. Segure o coral e divirta-se com a foto. O Havaí não é aqui, mas é nosso. Um lugar para ver e voltar... sempre. No tempo, na memória, na asa de um avião. Voltar.