sexta-feira, 20 de maio de 2011
De luz, Fortaleza, as catedrais
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Vai um porto bem na cidade do Porto!
sábado, 14 de maio de 2011
Mendigando maternidades
De Mia Couto "roubo" novamente as palavras que provocam a reflexão. Fala ele desta mãe que, por não ser mãe de verdade, segue pela vida cuidando de arranjar "filhos" postiços para assim dar-se em devoção: "Vou sendo mãe avulsa, deste e daquele. Biscateio maternidades" (Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, Cia. das Letras, 2002, p.147). Ah, as mães! Quantas delas, legítimas, dedicadas, entregam-se aos seus filhos de corpo e alma, trazem no mais íntimo da alma a abnegação de dar a vida à vida, seguindo o ciclo maravilhoso de exercitar o mais belo dos dons. Ah, tantas mães, às vezes injustiçadas, abandonadas por aqueles que sequer sabem reconhecer o papel dessas guerreiras na nossa vida. Uma vez mãe, nenhuma delas volta a ser a mesma mulher. E como seria bom que nunca precisassem biscatear amor, atenção, carinho, respeito. Elas são a razão da vida e por elas estaremos sempre seguros, protegidos, amados. E lá seguem as mães. Sem elas, a vida não teria graça. Não haveria a vontade de a gente tocar a vida para frente e um dia lhes agradecer pelo amor de uma vida inteira. Ah, as mães. Biscateio seus amores, seus beijos, suas orações. E me torno alguém melhor a cada dia. Ah, mãe!!!"O silêncio é a língua de Deus"
"O silêncio é a língua de Deus". Palavras de Dito Mariano, personagem emblemática do livro "Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra", de Mia Couto. Paro para pensar. Quantas vezes me ative a tentar ouvir a voz do silêncio! Nas minhas noites solitárias de longos escritos e delícias acadêmicas, estive, talvez sem me dar conta, ali bem perto de Deus, entre o bater das teclas do computador, ouvindo um silêncio aconchegante que me dizia tudo sem sequer balbuciar uma única palavra. Nesse mundo de tantas intempéries, em que já não mais ouvimos uns aos outros, silêncio é ouro, é encontrar-se verdadeiramente com Deus. E no nosso silenciar, temos o poder de dizer as coisas mais profundas, ensinar as lições mais fantásticas, temos a oportunidade de desacelerar o ritmo do mundo que, freneticamente, nos traga e nos carrega de roldão o tempo inteiro. O silêncio, língua de Deus. A maturidade tem me ensinado tal idioma. E tem me ajudado a ser alguém melhor. Em silêncio, em pleno contato com Deus. Ouçamos...
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