Elis Regina, uma das nossas maiores cantoras, morreu no dia de hoje, no ano já longínquo de 1982. Eu era um rapaz recém-saído da adolescência e adorava aquela voz rasgada e poderosa da "Pimentinha" do Rio Grande do Sul. Para mim, depois dele próprio, era quem melhor interpretava as canções de Milton Nascimento. "Ponta de Areia", "Saudade dos aviões da Panair", "Nada será como antes" e tantas outras maravilhas que saíram daquela garganta para inebriar nossas almas e nossos corações. Elis, na verdade, nunca se foi. Até hoje, como disse Maria Rita, sua filha, "o lugar dela nunca esteve vago", porque pessoas especiais como Elis não passam, transformam-se. Como muita gente, no dia que soube da notícia, eu também fiquei chocado. Elis morreu de overdose? Como pode? Elis tomava drogas? Elis era uma mulher infeliz, depressiva, enloquecida? Como pode? Lembrei-me de Maysa, aquela maravilhosa e louca de "Meu mundo caiu". Ainda bem que a música não morre. Elis está ainda entre nós, com aquela voz que encanta e nos deixa perplexos: "Eu quero uma casa no campo..." Viva Tavito! Elis vive. Esqueçamos o dia de sua morte. Pensemos que sua voz a mantém absolutamente e maravilhosamente viva. Viva Elis!
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Ano Novo, tragédias velhas!
Puxa, começamos um novo ano. 2012 chega com a mesma cara de 2011, levando chuvas torrenciais para diversas partes do Brasil, em especial, o Sudeste. Castigados terrivelmente no ano que passou, muitas cidades ainda vivem contando prejuízos do verão passado. As chuvas de verão deste ano, tão previsíveis, já chegaram e já deixaram suas marcas de destruição. Tudo se repete solenemente, restando apenas lamentar a inoperância e canalhice daqueles que deveriam cuidar para que tais tragédias não mais se repetissem. A corrupção, novamente, deu as caras. O dinheiro não chegou. A tragédia se repetiu. O Japão, em menos de ano, já recuperou 90% de tudo que foi destruído pelo terremoto e pela gigantesa tsunami. Será que algum dia aprenderemos com povos de terras distantes que, acima de tudo, veem nação como algo coletivo? Não sei. Não tenho esperança. Nossa índole é um caso sem solução. E lá vêm as chuvas. Ano novo, desastres velhos, antigos, previsíveis. Lamentável!
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