Por natureza, qualquer ser humano, ao longo da vida, ambiciona muitas coisas. Sem sequer perceber, ambicionamos algo todos os dias, claro. Como seres incompletos (Paulo Freire, já dizia), buscamos preencher o nosso eterno vazio. Logicamente, há os bons ambiciosos. Desses, eu gosto, os admiro e procuro sempre neles me mirar. Esses são do bem, querem o bem coletivo. Mas há também os maus ambiciosos, aqueles que, a qualquer custo, colocam seus objetivos de poder e prestígio acima de tudo, passando por cima de tudo e/ou de todos. Os adeptos do chamado 'rolo compressor'. Esses, dignos de pena, eu desprezo. Os maus ambiciosos, na maior parte das vezes, escondem-se por trás de máscaras bem delineadas, palavrinhas (co)medidas, soslaios marotos, sorrisos sutis e abraços cínicos. São exímios sedutores. Do olhar ao estômago. A presa, desavisada e submissa, perde a noção e se entrega. Os maus ambiciosos são implacáveis, inseguros, dissimulados, atraentes, competentes. São fáceis de identificar. Matá-los, só com um plano bem articulado. Um plano que envolve indiferença, antídoto letal. Eles odeiam serem ignorados e, aos poucos, se auto-ferroam, como escorpiões, e morrem. Cai a máscara. Cuidado, eles estão logo ali.
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