quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

O luxo de uma grande amizade

Faz quase um mês que estive com meu compadre querido e amigo eterno, Eduardo. Reunir nossas famílias de pequenos frutos para um fim de semana em Minas Gerais, com direito ao luxo de Ouro Preto, lá onde a vida passa lentamente, me lavou a alma, com seivas da mais pura fragância. Amizades como a nossa são raras. São tantos anos juntos que mesmo experimentando a distância temporária que ora nos priva de um contato mútuo mais constante, a cumplicidade dos nossos discursos permanece inalterada, mais afiada, eu diria, mais madura, porém a mesma, ferina. No mais breve encontro, as nossas essências se renovam como se o tempo não tivesse passado. Na verdade, sou um afortunado por ter um amigo que de tão amigo e tão querido, outorguei-lhe o nobre papel de segundo pai do meu segundo e amantíssimo filho. Que luxo verdadeiro uma amizade como essa! E como é bom saber que mesmo com o velejar dos anos, nas nossas veias ainda corre o mesmo sangue que nos fez caminhar tantas vezes juntos pela vida afora. E o melhor disso tudo é que embora mais velhos, é bem verdade, ainda somos os mesmos, ainda trazemos dentro dos nossos corações a emoção de se querer bem a um amigo. Um luxo como esse, nos dias de hoje, não é para qualquer um.

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