Ah, esse Brasil de poucas vergonhas! Esse país em que a vergonha já ficou bem pra trás... ou pra frente! De carnaval em carnaval, sempre pinta alguma polêmica nesse sentido. É mulher nua, "toda boa", como diria a ordinária canção do Psirico, pra tudo que é lado no desfile das escolas de samba do Rio e de São Paulo e vergonhas de menos. Dessa vez, foi a história de um tapa-sexo que, para uns, estava lá, firme e forte, e, para outros, despencou e largou a perereca da morena da São Clemente (foto), literalmente, de papo pro ar. Lógico, as fotos correram mundo, todo mundo correu pra ver, conferir in loco e, como reza uma hipócrita regra daquele grande mangue que é o carnaval do Rio, sem tapa-sexo, a escola perde pontos. Peito pode, bunda... ulalá, mas perereca ao luar, fresquinha, não dá. A São Clemente sentiu o peso da falta do tapa-sexo e foi rebaixada. Pronto, era o que faltava para o caldo entornar. A imagem do Brasil, mais uma vez, globalizada como a terra da sacanagem pública bateu recordes de audiência e, lógico, a perereca, quer dizer, a morena gostosa, segue aí, experimentando, com todo frescor, os seus quinze minutinhos de fama. E o tapa-sexo, para onde foi? Perguntaram, inquiriram um monte de gente e não se chegou a qualquer conclusão exata. Nessa polêmica toda, só não se lembraram de perguntar a quem mais estava envolvida por entre as vergonhas da moça: a perereca em pessoa. "E aí, garota, tava tapada?" Nessa terra brasilis de 'esculhambaciones' mil, não quero nem imaginar o que ela responderia. A moça, não; a perereca. E salve o tapa-sexo que não tapou nada!
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