Gisele Bündchen que se cuide. Vem aí o furacão Aline Nakashima, a beldade do sol nascente, nascida e misturada com o sabor do Brasil em plena São Paulo. De lá, já ganhou o mundo. Mora em Nova Iorque e já tem namorado americano. Que salada! Mas Aline é fruto de uma robusta combinação étnica. Tem o charme e a cor do Brasil mestiço, olhos verdes e traços orientais lindamente definidos. Um mosaico de pele e charme que só o Brasil é capaz de produzir. Além disso tudo, Aline é linda. Enquanto a moda rende-se basicamente à estupenda beleza da nossa loira-mor, ter uma morenaça de traços orientais e olhos de esmeralda é uma nova pitada de criatividade e diferença que leva a gente a ficar cada vez mais embasbacado com os maravilhosos segredos e artimanhas que a natureza nos prega. Êta muié bonita, sô! Tomara que tenha algo a dizer, pois só beleza não dá e nem se sustenta, né? Trata-se de mais uma gata globalizante desse Brasil globalizado. Produto exportação e honraria para essa terrinha que tanto patina na sua inércia e até na beleza de suas mulheres. Que vençam as belas e que coloquem todos nós de joelhos, prontos para venerar e idolatrar a beleza mestiça, a lindeza de mulheres estonteantes. Essa Aline, essa Aline, vixe mainha!!!
segunda-feira, 28 de julho de 2008
terça-feira, 8 de julho de 2008
Seremos pequenos, pequenos
Esse é o Le Parc. Verde. Verde. Alguma diferença? Tudo a mesma coisa. Estamos onde mesmo? Miami? Cancún? Acapulco? Sauípe? É tudo tão igual. Tudo verde. Vidro. Vidro verde. Mulheres de laquê, garotas de plástico, todas iguais, todas futilmente decoradas, loucas para banhar-se na grande piscina de... Le Parc. Ah, esses nomes estrangeiros. Pobre da empregada doméstica que for trabalhar no Manhattan Square. Melhor começar com um cursinho de 'ingrês' ou, talvez, ficar com Manhatã. É nisso que estão transformando Salvador. Esta é a bolha do progresso. Tá tudo mundo correndo para a Paralela. Todos querem o... Le Parc. Coitados dos oprimidos do Bairro da Paz. Se vacilarem, são expulsos e lá instala-se... Le Pax, a continuação luxuosa de... Le Parc. É isso que chamam de desenvolvimento? Pobre de minha cidade! A mentalidade emergente a está devastando. Os casarões do Centro Histórico estão nas mãos dos europeus ou estão desabando. E nós não estamos nem aí. Estamos surfando na bolha do progresso. Viramos garotos e garotas... Le Parc. Presos e trancafiados, nos carros e nos prédios, escravos de... Le Parc. Somos a geração... Le Parc. E ainda chamam isso de progresso? Deus me livre! Vou ao... Le Parc. A piscina me espera. Sou mais um garoto... Le Parc. E olhe que daqui dá para ver Amazon, Manhattan, Miami Beach... Le Parc! Vixe!
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Seremos sempre pequenos de novo
Volto à carga. De novo, ataco a ânsia tupiniquim de transformar Salvador em Nova Iorque. O empreendimento da foto é o tal do Amazon, cor verde, claro, cheio de vidro, cara de shopping center, semblante de Chicago, executado pelas mesmas cabeças que assinam projetos mabaços das tantas torres de luxo que começam a borrar o nosso céu na já devassada Aveninda Paralela. Chamam isso de progresso. O céu de Salvador está escurecendo. Está mesmo virando Nova Iorque, pois mal se vêem os aviões. A moda agora é prédio verde, combinação de complexo empresarial e residencial, tudo com pinta de Miami. Na Vitória, o velho e hoje horroroso Apollo 23 sempre teve o meu desprezo. Pra que esses bichos enormes que sobem a cada dia e só servem para abrigar gente que mal enxerga o mar, a lua, as estrelas? Estão tão ocupados em ganhar dinheiro para viver no e do luxo que o que mais querem é mesmo estar no alto dessas montanhas de pedra, mirando os pobres mortais lá de longe!. Abomino essa tendência e chamo de tupiniquins, de pequenos, todos os países que mal sabem cuidar de suas mazelas, que pouco se importam com uma melhor distribuição de renda, mas que vivem aí a disputar quem constrói a maior torre do mundo. Condeno todos: China, Malásia, Taiwan e por aí vai. Sempre detestei São Paulo por seus prédios. A louvo eternamente por seu caldo cultural. Esses bichos enormes que hoje enchem os bolsos de arquitetos e de empresas construtoras não me enchem os olhos. Não são apenas caros, são desprezíveis. Sobra conforto, mas falta-lhes alma. São todos tão iguais. No preço, no projeto, na humilhação de talvez chegar ao céu sem nunca poder tocá-lo. São todos muito pequenos e, por isso, nunca serão grandes. Nunca o serão porque não são autênticos. Porque estão sempre querendo ser o outro. O pior do outro. Que pena!
Seremos pequenos porque nunca fomos grandes
Sou chato, admito. Fico procurando coisa para me irritar. Irrita-me esse mimetismo suburbano que tomou conta do mercado imobiliário de Salvador. Uma grande bolha de inúmeros projetos. Todos religiosamente projetados pelos mesmos arquitetos, tudo de vidro esverdeado, tudo imitando e, desbragadamente, copiando a arquitetura cafona e ultrapassada dos EUA. Primeiro, um John Hancock Center tupiniquim chamado de Mondo. Está subindo. Depois, projeto Amazon e outros verdes não sei o quê na Magalhães Netto. Uns tantos ali no Horto, tudo igual ao Morumbi em São Paulo, espigões já copiados de Manhatã. Mais adiante, outros irmãos gêmeos, próximos ao Shopping Salvador, este uma imitação competente do Complexo Vasco da Gama, em Lisboa. Agora, com Flávia Alessandra e Reinaldo Gianechinni no anúncio, uma coisa horrorosa que atende pelo nome de Manhattan Square (foto). Tudo querendo ser o que não é. Uma pobreza total de espírito. Um deboche ao quererem transformar Salvador em Nova Iorque. Sem vergonha de assumir. E ainda cobram por isso. E ainda tem besta que compra. Ah, como sempre, somos tão pequenos! São Paulo já virou Nova Iorque, o Rio virou Miami, e nós, pobremente, seguimos na mesma trilha. Que tristeza! Só se vê arranha-céu. A vontade cretina de se parecer com Chicago. Ainda bem que o Pelourinho, a duras penas, resiste. Questiono muito essa revolução arquitetônica estético-terceiro mundista que assola Salvador. Tudo cópia. E assim, não custa repetir: seremos pequenos porque nunca fomos grandes. Nunca! Que pena!
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