E por falar em lixo, me deparo com a notícia de que o documentário brasileiro "Lixo Extraordinário", levado ao mundo com o nome de "Waste Land", foi indicado para o Oscar 2011, na categoria "documentário". Dirigido por Karen Harley, João Jardim e Lucy Walker, a película conta a história do trabalho do artística plástico Vik Muniz, paulistano radicado nos EUA, em projeto inédito com badameiros do lixão de Jardim Gramacho, o maior aterro sanitário do mundo, no munícipio de Duque de Caxias, Baixada Fluminese. Vik é ninguém menos que a cabeça criativa por trás da bela abertura da novela Passione, de Sílvio de Abreu, onde todas a imagens são feitas a partir do lixo ou materiais recicláveis, como preferem os artistas. Ainda não vi o documentário, mas pelas críticas que tenho lido, parece que é uma obra de extrema sensibilidade e que toca fundo em uma das nossas muitas feridas sociais, mostrando, contudo, que é possível encontrar-se beleza em situações tão adversas. Juntar arte e lixo pelas mãos e corações daqueles que ali vivem e confundem suas histórias com a daquele lugar aparentemente repulsivo é a grande ideia do artista. O resultado é avassalador. Segundo Rubens Ewald Filho, crítico de cinema, não se trata de mais um daqueles documentários que estreiam às pencas toda semana, mas "um retrato de um grande artista que criou um projeto internacional de grande repercussão e que resultou também num filme forte e comovente", tendo como protagonistas gente comum e pobre, mas com personalidades cativantes. Puxa, vou correr para ver "Lixo Extraodinário". Estou precisando dessas injeções de arte e criatividade para seguir acreditando na vida moderna. Recomendado!
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
O lixo nosso de todo dia; nós, porcos... nas ruas
Nossas ruas também estão podres. Já não basta o terrível hábito de se fazer xixi em qualquer lugar, nunca se viu tamanha sujeira na zona urbana de Salvador. E, de novo, ninguém ache que a bagaceira está presente apenas nos bairros pobres, onde a coleta é precária e o povo, discriminado em mais esse flanco, pejorativamente tido como mal-educado. Basta uma passeadinha pelos bairros ricos da capital da Bahia e ver-se-á que a sujeira, o lixo e o miserê estão em toda parte, e que a falta de educação ambiental está democraticamente distribuída. É uma triste constatação. O serviço da prefeitura já é um dos piores e se não colaborarmos, se não nos incomodarmos com tamanha atrocidade, como porcos e ratos, nos acostumaremos a chafurdar nas montanhas de lixo e porcaria que competem com as lindas paisagens e belezas naturais de nossa cidade. Visualmente, é um horror. Lembro de Nápoles, na Itália, quando sempre há aquelas greves homéricas das companhias de lixo. O povo afunda-se na sujeira, na lama, no bagaço de vida que só nos faz lembrar aquelas cenas horrorosas dos lixões espalhados por esse mundo. Salvador, Maceió, Rio, Mumbai, Pequim. Sem perceber, talvez, nos tornamos badameiros involutários de toda essa cena triste que insiste em nos cutucar no dia a dia. Se os poderes públicos continuam pecando, ao menos façamos a nossa parte. Nos eduquemos na produção, seleção, armazenamento e entregra do lixo. Todos agradecem. A vida agradece. Ah, minha Salvador... somos os seus porcos, nas suas ruas enlameadas. Que horror!
O lixo nosso de todo dia; nós, porcos... nas praias
Sempre digo que me sinto um privilegiado por morar e viver numa cidade linda e abençoada pela natureza como essa pérola negra chamada Salvador da Bahia. É verdade. Além de grande orgulho para mim e para muita gente que entende o que signfica estar nesse pedaço de chão à beira-mar, não temos motivo algum para não nos sentirmos contemplados com o que de melhor que Deus poderia nos oferecer em termos de recanto e moradia. Nessa terrinha querida, é o mar que nos dá tanto e, inúmeras vezes, nos salva das intempéries de uma rotina dura e congestionada, do stress do trânsito, da selvageria que se aninhou em todas as metrópoles desse país. Poucos têm o mar a seus pés como eu. E sempre que posso, o desfruto com fervor nas minhas caminhadas, cultivando a minha admiração por paisagem tão sublime. É nessas caminhadas por zonas mais próximas dos bairros ricos que vejo como somos "porcos" e mal educados, independentemente de condição socio-econômica. O lixo de nossas praias é algo abjeto e revoltante. Que sujeira fura meus olhos! Que podridão irrompe minhas narinas adentro! Que tristeza ver as nossas praias tão sujas, tão mal cuidadas! Somos mesmo um bando de porcos, daqueles bem ordinários, que sequer nos levantamos para catar o lixo que nós mesmos produzimos. Nesse quesito em Salvador, nota zero para todos nós. Aguardemos as consequências. Elas já estão aí.
sábado, 22 de janeiro de 2011
Water of coconut of Isaías, Salvador, Bahia
English is spreading all over the world. Nothing new here. Different native speakers from central countries celebrate and, in many ways, feel proud of the fact that wherever they go, people will either know or make an effort to address them in English. But once it travels all around the world, English gets creatively contaminated, and, in several instances, re-invented, appropriated, nativized by local communities without a historical connection with England or the United States, for example. It's a natural phenomenon which is attracting more and more the interest of researchers in different parts of the world. Many non-native Englishes are flourishing. And all sorts of creative uses. In "Brazilian English", I would say, I came across something interesting these days here in Salvador. A street-vendor called Isaías, I presume, selling his coconuts by the beach, announced in English on his banner to call foregin tourists' attention to his product: "Water coconut of Isaías". In Portuguese, the sign read: "Água de coco do Isaías, beba à vontade". Literal translation? Maybe, but why not "Isaías' coconut milk"? Simply because "coconut milk" in Brazil, especially in Bahia, is something else. It's one of the main ingredients for a great fish or shrimp "moqueca", one of our most celebrated dishes. Well, this way, in Brazilian English, we might "go out for a water of coconut", and that's it! Let's celebrate the hybridization of English! Good job, Mr. Isaías! How much is your water of coconut? I'd like two, icy! Good job, my friend Isaías! English is ours too!
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
A lua cheia vem chegando
Sol de verão na Bahia leva muita gente às praias e tira todo mundo de casa, na busca de refrescar-se e saborear o que de melhor a estação quente nos oferece. Vida caliente, alegria, música, dança, uma cidade mais bela e mais animada. Mas nesta semana, um outro astro também nos encanta. Semana de lua cheia, surgindo bem lá na linha onde o céu encontra-se com o mar. Mar da Bahia, da alegria, do imaginar em ser feliz. Que coisa linda! Quem vem da Pituba e passa o olho pelo coqueiral do Jardim de Alá, assim, bem pouco depois das 6 da tarde, depara-se com um espetáculo inigualável. A lua cheia nascendo, erguendo-se com rara preguiça, como se saindo meticulosamente das entranhas do Atlântico abissal da Roma negra Salvador. A lua mais linda do mundo, a lua cheia amarela, sol da noite Salvador, um convite ao amor, a uma Devassa gelada, a uma corrida a caminho do mar. O trânsito até que colabora, sempre fica um pouco mais calmo nesse período sem aulas, e tudo segue com a fluidez macia e gentil de uma Bahia que não tem a menor pressa de chegar. E ela, a lua, majestosa e loira, vai subindo aos céus, dissipando nuvens, iluminando as águas, sob a benção luxuosa da mãe Iemanjá. Águas que tintilam, dançam, fluem lentamente, desobedecendo as ordens de qualquer maré. Lua cheia no verão da Bahia, janeiro do calor. Coisa mais linda não há. Nessa Bahia de meu Deus, de meus amores, de todos os encantos. Coisa mais linda não há. Não há!
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Por onde anda o grande Beto Guedes?
Um dos meus artistas favoritos da nossa música popular chama-se Alberto de Castro Guedes, nascido em Montes Claros, Minas Gerais. Simplesmente, Beto Guedes, instrumentista, compositor, voz arranhada, um bicho meio marginal, um dos nossos melhores, um dos the best ever. Anda sumido, mas quem conhece a fundo muitas de suas canções e foi a tantos dos seus shows desfrutrar de boa música regada a uma timidez crônica e avassaladora, jamais esquecerá esse ilustre ícone da sensibilidade musical da nossa terra Brasilis. Beto é autor e/ou co-autor de inúmeros sucessos na sua voz e na de dezenas de cantores e bandas ao longo de mais de trinta anos de estrada. "O sal da terra", "Amor de índio", "Pedras rolando", "Cruzada", "No céu com diamantes", em homenagem à grande Elis Regina, "Quanto te vi", versão de Till there was you, dos Beatles, "Canção do novo mundo", dedicada a John Lennon, logo após o seu trágico assassinato em 1980, e tantas outras. É um dos símbolos do "Clube da Esquina", aquele movimento musical nascido e criado no bairro classe média de Santa Teresa, em Belo Horizonte, que lançou tanta gente boa para a fama como Milton Nascimento, Flávio Venturini, Lô Borges e por aí vai. Beto envelheceu e pouco se re-inventou, admito. Está fora da mídia e sempre demonstra uma aparência decadente, pouco afeito a conversas e entrevistas. Virou mesmo um bicho-do-mato, arredio, mas vive na nossa memória, encanta com sua poesia eterna e de grande qualidade, deixando nas entrelinhas, que, da forma que escolheu viver, é uma pessoa feliz. Nesse oceano de mediocridade que se tornou o cenário musical brasileiro, sinto uma falta enorme de Beto Guedes. Fará 60 anos agora em 2011. Sua música está aí para quem quiser desfrutar, lavar alma, melhorar-se como ser humano. Um exemplo? "Pedras rolando", logo aí abaixo, na companhia de Tony Garrido, ex-Cidade Negra. Beto, no seu melhor, para sempre. "Sou um cão sem dono a tecer os fios da canção..." Viva Beto Guedes. Viva Beto, ano sessenta! Um dos the best, sempre! Viva Beto Guedes!
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Barcelona será sempre um lugar especial
Nunca escondi meu apreço e minha admiração por Barcelona, a capital e maior cidade da Catalunha, região autônoma do nordeste da Espanha. Para começar, ali está o mar Mediterrâneo, no seu doce esplendor, dando-lhe um charme discreto que, em muito, lembra minha Bahia. Em termos de infra-estrutura, é a Salvador dos meus sonhos. Muita arte, cultura, futebol (um dos times mais ricos do mundo que não aceita patrocinadores), alegria, um povo em constante movimento naquele sobe-desce colorido e excitante das Ramblas, por entre as ruelas do Bairro Gótico. Conheci Barcelona em uma terceira lua-de-mel, depois das Olimpíadas de 1992. Sei que a cidade era uma antes e tornou-se outra depois dos jogos. Parece que tivemos sorte de encontrar uma cidade bem melhor. Todos nos diziam isso, quando por lá estivemos. Além disso, a companhia de gente como Gaudí (Sagrada Família, Park Güell, La Predrera, Casa Batllò, e afins), Joan Mirò, Picasso, entre outros, não é, de forma alguma, um detalhe a ser ignorado. Ao contrário, eles e tantos outros gênios da arte/arquitetura nos convidam a sorver com todo cuidado e admiração o acervo fantástico que eles nos legaram. Tenho saudades de Barcelona. De suas "tapas" e aqueles bares "off-the-beaten track" na Barceloneta, do Grande Teatro do Liceu, do festival de "stio" (verão), dos museus, em especial o de História da Catalunha, da música na Plaça de Catalunya, da Plaça de España, das praias no seu entorno, da vista do alto de Monjuic e Tibidabo, as duas montanhas que guardam a cidade e que foram convertidas em miradores. No alto do Montjuic, encontram-se as instalações olímpicas, além do Palácio Sant Jordi. Em Tibidabo, encontram-se a Igreja do Sagrado Coração e um parque de diversões, onde chega-se de carro, ônibus ou de bondindo, o famoso funicular. Come-se bem naquela cidade fulgurante. Vive-se bem também. Uma cidade de e para todas as idades. Volto sempre a Barcelona, renovando memórias e revendo lugares. Que lugar!
E as Claras da vida seguem se dando bem
Se houve uma personagem que segurou a trama de forma brilhante em Passione, novela da Globo que acaba de acabar, foi a tal da Clara, interpretada com competência máxima pela femme fatale, Mariana Ximenes. Mesmo não precisando da generosidade de um ator experiente como Tony Ramos, no papel do "corno que não é besta, não", Ximenes passou a ser a vilã mais amada do país, segundo essas revistas insossas de novela que povoam as bancas de revista e o imaginário de quem pouco tem o que fazer na vida. Além de linda, Mariana incoroporou tão bem a canalhice brejeira de Clara que, com certeza, ninguém queria que ela se desse mal. E não deu outra. Acertando a mão na verossimilhança, o autor e sua turma de ajudantes deixaram a mensagem bem clara, com perdão do trocadilho, que mesmo sendo detidos pelas malhas da Justiça, a maioria dos bandidos de alto calibre (Clara era desse naipe) continua se dando bem e à solta, livres, convivendo conosco e desfrutando do prestígio que lhes fora outorgado. Se Clara continuasse presa ou morresse, certamente, a "arte não imitaria a vida" nessa terra Brasilis. As Claras da vida estão aí, bem ao nosso lado, de terno e gravata e/ou de BMW's e donas de lojões de luxo. Claros como a luz do dia, bem na nossa cara! Gostei do desfecho. Coerente! Ah, e matar uma belezura como Ximenes seria o fim! Viva, Clara. Viva Chiara!
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Chicago, uma cidade para se ver e viver
Das megacidades americanas, esta, para mim, a terceira maior delas, é de longe, a mais interessante. Chicago é enorme como Salvador, mas, ao mesmo tempo, acolhedora, fácil de se ver e viver. Suas lindas e amplas avenidas, seus prédios imponentes, seus parques limpíssimos e o onipresente Lago Michigan, dão um charme todo especial ao centro de convergência de gentes e estilos do meio-oeste dos Estados Unidos, no estado de Illinois. Por sua posição central no mapa americano, Chicago foi desde meados do século XIX um forte pólo comercial, industrial, rodoviário e portuário. Muito o que se ver e fazer em qualquer estação. Chicago nunca deixa de ser vibrante. Para quem gosta de altura, não deixar de ir ao John Hancock Center (The City Building) e à Torre Sears, o maior prédio do mundo até 1998. Chicago aos nossos pés. Muitos parques, em especial o Millenium Park e seu novíssimo "The Art Institue of Chicago". Ali, bem no centro, chama a atenção uma escultura de aço inoxidável enorme chamada "The Cloud Gate", criada pelo artista britânico de origem indiana, Amish Kapoor. Inspirada na forma do mercúrio líquido, todo o "skyline" de Chicago reflete-se na superfície da "nuvem" de forma distorcida. Nós também. Basta nos aproximarmos. Um efeito surpreendente. Chicago, terra adotiva de tanta gente famosa como Michael Jordan, Oprah Winfrey e Barack Obama, no inverno, no verão, é sempre um destino elegante e imperdível. Que já foi, sabe. Quem não foi, planeje-ae. Será uma estada surpreendentemente inesquecível. Uma cidade decente!
Esse Nicolas é um abençoado
Toda tragédia, logicamente, arrassa qualquer um, mesmo aqueles que a vêem e sentem a distância. Emocionalmente, somos todos tragados pela dor e pela incredulidade. E assim nos irmanamos na busca de algum tipo de consolo que possa haver para serenar o nosso espírito abalado. Mas todo desastre revela fatos sobre pessoas iluminadas. Na recente tragédia das chuvas no estado do Rio, em Nova Friburgo, nos deparamos com o "macho" Nicolas Barreto, de apenas seis meses, que, juntamente com o pai-herói, ficou quietinho soterrado por quase 15 horas. Ao serem resgatados, Nicolas estava ali, numa boa, com carinha saudável, apenas se perguntando o que significava todo aquele movimento. Segundo os médicos que o atenderam, Nicolas se manteve saudável e hidratado porque sugava a saliva do pai, Wellington da Silva Guimarães. Por sorte, sobrou um espaço entre os escombros para que ele ficasse em pé com o bebê e assim pudesse tê-lo agarrado ao peito o tempo inteiro, dando saliva, e mais tarde água fornecida pelos bombeiros, com a língua para o filho sugar. Atos de coragem e imagens para ficarem gravados nos nossos corações. O instinto de sobrevivência levou esse pai a manter-se alerta e, acima de tudo, cuidar para que o pequeno Nicolas não se desidratasse. Vê-lo sair nas mãos dos bombeiros, praticamente ileso, e com a carinha mais "limpa" do mundo, deve ter dado um gás danado àqueles bravos trabalhadores que vivem para salvar vidas. Diante de tanta morte, Nicolas, vivo e sadio, nos enche de alegria. É um menino abençoado, e desde já, terá muitas histórias para contar. Viva, Nicolas!
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Santiago, a bela de Los Andes, haverá de resistir
Não é de hoje que esta cidade treme e sofre com o mau humor bravio da Natureza. Santiago, a linda capital do Chile, encrustrada na Cordilheira dos Andes é, acima de tudo, sinônimo de resistência. Como sul-americano, me orgulho de suas conquistas e da bravura dos seus quase 7 milhões de habitantes. Transporte de qualidade, gente bacana, progresso muito mais civilizado. Há muito o que se ver nessa cidade charmosa. Elimine o susto com a poluição em suspensão e comece por La Moneda, o palácio do governo, onde apenas trabalha-se, não mora-se. O presidente chileno vive na sua casa. Nada de mordomias excessivas. Com inúmeros atrativos históricos e culturais, museus, palácios, igrejas, mirantes, shows, vida noturna intensa, compras, entre outros, Santiago, após o "boom" econômico da década de 1990, tornou-se uma grande opção para visitantes de todo o mundo. A Praça das Armas, a Catedral Metropolitana, o Museu Nacional de Belas Artes, a Universidade Católica, o Mercado Municipal (para comer sentolla, o "caranguejo rei"), os Cerros San Cristóbal e Santa Lúcia. Além disso, Santiago está a menos de 100 km do litoral (Valparaíso, Viña del Mar) e de estâncias de esqui, entre elas, Valle Nevado e Portillo. Isso sem falar nas vinícolas situadas nas suas franjas. Concha y Toro é a mais famosa. Uma visita a esses templos do bom vinho é uma pedida especial. Para o público masculino, não pode-se deixar de, um dia qualquer, discretamente, fazer-se uma visita a algum "café con piernas". Há vários por lá. E muito populares, por sinal. Tudo no maior respeito, claro. É só conferir. Santiago é uma festa. Dá sempre vontade de voltar. Com orgulho, com carinho e muita disposição. Que cidade! E ela haverá de resistir. Tenho fé!
Uns belos dias gélidos pela Cidade de Québec
Como todo bom e legítimo baiano, acostumado ao clima febril ameno de Salvador, sou pouco amigo do frio intenso. Fugimos sempre de lugares em que temperaturas caem para além dos 20 graus Celsius. Abaixo disso, baianos se encolhem, começam a remexer naftalina de roupa de frio nos guarda-roupas. Nada de frio, frio como Québec City, a linda capital da província de Québec, no Canadá. Às margens do rio São Lourenço, o mesmo que corta Montreal, ali faz frio de cortar a alma. Estive por lá num final de inverno. Tão frio que até as árvores mais jovens estavam enroladas com uma lona grossa para suportarem o tempo. Com uma população de quase 700 mil, essa cidade tem muito para ser ver, em especial suas lindas lojas de Natal e o Hotel Chateau Frontenac, cartão postal da cidade. O enorme prédio, com mais de 600 quartos, foi construído no final do Século XIX pela Canada Pacific Railway. O hotel recebeu hóspedes ilustres como Winston Churchill, ex-primeiro ministro britânico, e Franklin D. Roosevelt, ex-presidente americano. Em 1953, o local foi usado por Alfred Hitchcock como cenário do filme "Tortura do Silêncio", com Montgomery Clift e Anne Baxter. Eu, estive apenas em visita ao seu lobby e seus arredores! Quem estiver por essa região, vale a pena uma caminhadinha pelas ruas e ladeiras da Cidade de Québec. Um luxo! E com frio é ainda melhor! Um frio nada baiano!
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Valei-nos, Nosso Senhor do Bonfim, seu dia
2011, 13 de janeiro, quinta-feira, dia da Festa do Bonfim nesta terra da Bahia. Como sempre, eu não vou. Muita muvuca para minha pouca tolerância a multidões. Mas admiro e fico orgulhoso com a dimensão desses festejos, sejam no nível da fé ou da festa profana. Tudo vale. Neste ano, a novidade é a proibição de terem jegues nos cortejos. A Justiça ancorou-se no argumento de que esses animais seriam maltrados pelos bandos de "jumentos" embrigados que, no afã de se divertirem, colocavam uma carga muito além das possibilidades dos animais de puxarem. Bem, gente gostou, gente reclamou. A festa vai em frente. Tem de tudo, mas o mais belo é mesmo aquele cortejo de baianas, todas vestidas de branco, carregando na cabeça seus chiques jarros de água de cheiro. Cheiro de alfazema, cheiro de mar, cheiro de Bahia, cheiro, em especial, do glorioso Senhor do Bonfim, o nosso Pai Oxalá, que lá está, bem acima de nós, cuidando da gente, olhando por essa galera tão frágil. É festa na Bahia. Quem puder, vá, e curta bastante. Tem festa pra todo mundo. Lembrar um pouco do "dono" da festa, não faz mal. E depois, abençoados, é só seguir e ser feliz. Ah, esta é a nossa Bahia. Dia de festa. Dia de Bons Fins. Axé!
One place, one mind, for a lifetime
Statesville, North Carolina, is indeed a small town, not very different from all small towns in the United States. I don't remember seeing a Main Street there, those all English textbooks bring, but, for sure, I recall strolling along the sidewalks on a Center Street. This, of course, was when downtown still had businesses and life. This was before Wal-mart came to town and simply ruined the local business. This was the city where I lived and where I got to know very special people for me. The most important of them are gone now. "Our" house still stands, but who knows what happened to it? I keep memories of my last stay. A little after a snowy winter, back in 2004. It was lovely seeing those who, speaking another language and immersed in another culture, oriented by different values from mine, made me a different man, a richer person for the rest of my life. I should the thinking of them at all times. I should be thanking them all the time. This is a simply way of keeping them alive. Wherever they are, one place, one mind, my memories for a lifetime. I was very happy in that house, in that city. One day, I'll go back to see them all. The deceased ones, beloved in my heart, will be with me forever. They know where I am. This is Statesville, North Carolina, a small town in the Piedmont of this lovely state. Memories of a lifetime!
Chuvas e enchentes: todo ano, a mesma dor
Todo ano é a mesma coisa nesse Brasil de meu Deus! Janeiro é época de fortes chuvas no Sudeste (os quatro estados são arrasados impiedosamente) e as imagens sempre tristes e falam por si (Foto: Vladimir Platonow, Agência Brasil). 2011 parece que está sendo diferente pela intensidade, pelo grau de devastação e pelo número de mortos. Só na região serrana do Rio, uma das mais belas desse país, contabilizam-se mais de 300 vítimas fatais até agora. Ao vermos as imagens, não temos como não nos remetermos àquelas das tsunamis de 2006 na Ásia. O horror das águas repete-se por aqui. Nunca vi tanta água descendo morro abaixo e com tamanha fúria. Se pela televisão ficamos assustados, imaginemos quem lá esteve e viveu tudo na pele. De longe não dá para calcular a dimensão da tragédia nem medir a dor alheia que, no fundo, passa a ser de todos nós. As causas já sabemos: a Mata Atlântica original está reduzida a 7% de sua cobertura original. A natureza, da pior forma, está cobrando seu preço. Meu Deus! Meu Deus!
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Laupahoehoe, Grande ilha do Havaí
Não imaginem que estamos no fim do mundo, mas, de alguma maneira, não estamos tão distantes dele, se é que ele existe nesse mundo esférico chamado Terra. Na grande ilha do Havaí, este lugar chama-se Laupahoehoe, de visual lindo e ondas violentíssimas. Palco de tsunamis, a mais marcante data do dia 1 de abril de 1946, depois que um terremoto nas ilhas Aleutas atingiu a área de forma violenta. 146 vidas desapareceram e aqui ergueu-se um monumento aos mortos. O lugar foi transformado em um belo parque, onde famílias inteiras de moradores ou turistas buscam seus gramados gostosos e a sombra de árvores e coqueiros para descansarem e curtirem o dia em piqueniques e muito bate-papo. Tomar banho aqui, contudo, é um grande desafio. As lindas águas azuis se chocam o tempo todo de maneira brutal com as rochas e pedras negras dos vulcões dessa ilha majestosa. Pelo menos, na zona do parque e do monumento, não dá. Estamos perto de Hilo, a maior cidade da "Big Island", localizada na parte noroeste da ilha. Laupahoehoe, na língua havaiana, significa "lava em forma de folha", uma alusão às linhas das praias locais que margeadas por lava, quase todas têm o formato de uma folha. Estive aqui e, embora tenha me sentido um pouco perto do fim do mundo, no meio do nada, adorei este lugar. Um privilégio. Aloha!
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Saudades de Nazaré, Portugal
Nazaré é uma bela e não tão pacata vila portuguesa, situada no distrito de Leiria, Oeste, beijando o Atlântico Norte, com cerca de 10 mil habitantes. Estive aqui há pouco mais de um ano e saboreei uma das mais deliciosas sardinhas na brasa do planeta Portugal. Em plena rua, regadas a um bom azeite e um ótimo vinho tinto da casa. Estamos próximos de Lisboa e a menos de uma hora do santuário de Fátima. Do alto da grande pedra, vê-se a Praia de Nazaré, na verdade, um bairro à beira-mar e um dos mais tradicionais redutos pesqueiros portugueses. A praia é bonita, de mar azul, organizada e uma das mais concorridas do litoral oeste do país. A temperatura da água em nada lembra a nossa da Bahia, fica entre gélidos 16 e 18 graus, mas no verão europeu, milhares de ingleses e alemães, em especial, correm para lá, assim como para a região do Algarve, no sul. Não é à toa que, cada vez mais, se vê tanto gringo de pele branca por aquelas bandas. Quem por lá andar, não deixe de visitar a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, a feirinha no largo, a Capela da Memória e o restaurante A Sardinha. Depois, é só cair na farra ou nas águas do mar. E namorar, namorar muito, tendo como testemunhas apenas o céu e o mar. Saudades de Nazaré.
domingo, 9 de janeiro de 2011
Estou com pena da Praia do Forte, Bahia
O progresso é bom, mas, certamente, traz a reboque uma infinidade de problemas. Em especial para lugares pequenos, simples, agraciados pela natureza. Praia do Forte, distrito de Mata de São João, Bahia, 50 km de Salvador, é um exemplo disso. A antiga vila de pescadores, uma das bases mais importantes do proejto TAMAR no Brasil, a cada verão, está praticamente intransitável. Gente para tudo que é lado. Além dos turistas que invadem o local por conta da boa infra-estrutura hoteleira e gastronômica, todos os ricos e endinheirados de Salvador e adjacências resolveram adotar Praia do Forte para construir seus "castelos" em condomínios fechados que só lembram os subúrbios americanos. O custo de vida disparou assim como o preço de terrenos que facilmente chegam a meio milhão de reais. Praia do Forte agora é "in" e uma rápida visita ao lugar basta para nos depararmos com um monte de gente de plástico, famosos e anônimos, totalmente estranhos à paisagem do lugar. Os nativos, como sempre, estão por trás de balcões, arrumando quartos ou dirigindo "tuk-tuks" locais. Para muitos, o inveitável progresso. Para mim, bicho chato, um horror. Não consigo me mover naquele lugar tão lindo. Socorro!
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Eat Pray Love; how interesting?
Just began leafing through Elizabeth Gilbert’s bestseller “Eat Pray Love”. To tell the truth, despite the worldwide success and so much raving about the book, I confess I was over reluctant to give it a chance. It’s summer in Bahia, my homeland, I’m on vacation, I decided to have a look at it. Well, the popularity of a lot of bestsellers reveals, in many ways, some type of art it doesn’t go with my spirits. Not for nothing do I reject a bunch of Hollywood movies that, in fact, enter our eyes, ears, minds, and hearts propelled by the ever-increasing shallow evaluation of the general media. After “Eat Pray Love” became a major motion picture, things got more even complicated under my literary screening process. I didn’t see the movie, but just by knowing Javier Barden, the great Spanish actor, was to play the Brazilian guy Gilbert met in Indonesia and married later, speaking a “macaronic” Portuguese, it indeed turned me off. But I set off to reading it. Finished a few pages this afternoon. She writes well, catches my attention and, the way she arranges the text is very interesting: 109 tales, the holy number of the beads of the japa malas, common strings people wear in the religious sites and Ashrams in India. Clever! She caught me! Let’s see what comes out of this journey. Will I eat, pray, and love with Elizabeth? We’ll see it!
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Salvador, meu amor de Bahia (Ato Segundo)
O primeiro beijo entre Jorge e Maria ocorre em pleno pôr do sol, apreciado com respeito, cerimônia e desejo mútuo do alto da Praça Municipal, bem ao lado do horrendo prédio da prefeitura municipal de Salvador, o Palácio Tomé de Souza. Ali, Bahia e Galícia se entreolham e se encontram e tocam como céu e mar. Em algum lugar da Bahia, filhos de colonizadores e colonizados escravizados se aconchegam num movimento íntimo que, de alguma forma, põe por terra as teorias racistas que até hoje ainda sobrevivem. Jorge canta para Maria, "Nessa cidade todo mundo é d'Oxum, homem, 'minino', 'minina', mulher", pérola musical do grande Gerônimo, herói do som dos guetos baianos, praticamente esquecido pelas grandes multidões. Maria chora diante da beleza da vista e da sensação de estar se apaixonando. Aquele preto baiano conquistara seu coração, pelo menos até o fim do verão. Jorge, elegantemente, pensava da mesma forma. A galega, literalmente, mexia com algo além de um simples tesão de verão. Juntos, deixam cair a noite e se jogam Pelourinho adentro, ouvindo batuques, esquivando-se da molecada, dos insuportáveis ambulantes, sorvendo o que aquele lugar tem de melhor. O Pelourinho é um bairro localizado no Centro Histórico de Salvador e possui um conjunto arquitetônico colonial do barroco português razoavelmente preservado e tombado como Patrimônio Histórico da UNESCO. Lá, Jorge e Maria fazem tudo o que o turista comum não faz. Nada de Olodum e afins. Andam de mãos dadas, subindo e descendo ladeira, dando asas ao amor. Que mais poderiam querer? Apenas ouvir "É d'Oxum".... e amar... um amor de verão. "Nessa cidade todo mundo é d'Oxum"! É d'Oxum, vixe!
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Salvador, meu amor de Bahia (Ato Primeiro)
Jorge Luis é baiano da gema, negro, não fala arrastado nem chama sua mãe de ‘mainha’. Tem 25 anos, está terminando o curso de Direito, mora no bairro da Graça, não curte Axé, adora a música de Vania Abreu. Conheceu Maria, uma linda espanhola, no Porto da Barra. Jorge adora nadar bem cedo, assim como metade do povo que mora naquela região da cidade de São Salvador da Bahia. Maria tem lá seus 24 anos, estuda jornalismo e adora a Bahia. É filha de galegos e muitos parentes de seus avós paternos ainda moram na cidade que primeiro deu cara e identidade ao país menino Brasil. Vieram na grande leva que, a partir da segunda metade do século XIX, trouxe para Salvador muitos galegos, em busca de sonhos e melhores condições de vida. Maria é de La Coruña, cidade costeira no Atlântico Norte e famosa por vários monumentos que datam da ocupação romana a partir do século II AC, como a Torre de Hércules. Sendo assim, Jorge e Maria são garoto e garota do mar, com pele cheirando a sal e cabelos ao vento. Não foi amor à primeira vista, empatia apenas. Um papo aqui, uma água de coco ali, e estava quebrado o gelo. Maria fala português, Jorge entende espanhol. A barreira da língua está superada. Encontraram-se na praia por mais de uma semana. Nada de acarajé e abará, apenas sol e mar. Jorge e Maria estavam se aproximando, confirmando muita coisa em comum. Descobrindo-se. E havia muito tempo para isso. Era verão na Bahia. Tempo em que o mundo gira sem pressa e o céu é o mais lindo do planeta. Muito para se descobrir. Jorge e Maria. Bahia e Galícia. No que daria?
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
"Trem noturno para Lisboa", boa leitura!
"Não quero viver num mundo sem catedrais. Preciso da sua beleza e da sua transcedência. Preciso delas contra a vulgaridade do mundo". Tal excerto, escrito pelo personagem Amadeu de Prado, está na página 178 da edição brasileira de "Trem noturno para Lisboa" (Record, 2010), do suíço Pascal Mercier (pseudônimo de Peter Bieri, professor de filosofia em Berlim), tradução de Kristina Michahelles. Uma história instigante para aqueles que querem fazer uma pequena viagem pelos segredos e desertos da alma humana. Acabei de ler o texto na minha primeira semana de estio e, apesar de alguns deslizes para o lugar comum, é um texto, no mínimo, desafiador. Raimund Gregorius, o Mundus, professor de línguas clássicas em Berna, "dá a louca" no meio da aula, abandona tudo e parte num trem noturno para Lisboa em busca de si mesmo, fortemente tragado pelas reflexões de um médico português, Amadeu de Prado, que viveu no período da ditadura salazarista. Na verdade, Mundus dá uma guinada geral na vida e encontra um monte de gente interessante que termina por deixá-lo extremamente perturbado. O livro fez tanto sucesso na Europa que "Pegar um trem noturno para Lisboa" tornou-se uma expressão idiomática para fazer uma mudança radical de vida. Amadeu é um dos personagens mais poderosos que já tive o prazer de "conhecer". Leitura lenta, degustada. Leitura de verão, mas para guardar por um bom tempo. Recomendado!
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Entre o céu e o mar; eu lá...
Aqui estou eu sozinho e feliz entre o céu e o mar. Em algum lugar do planeta em que posso despir minh'alma, colocar os pés no chão e caminhar. Entre o céu e o mar. Vejo rostos que não conheço, passo por gente que nem sabe quem sou, sou um ilustre anônimo no meio do nada, onde tenho como companhia apenas o céu e o mar. Aqui, penso em ti, sinto saudades, lembro dos seus olhos, desculpo-me pela distância que, providencialmente, nos separa ainda que momentaneamente. O céu, azul, iluminado pelo sol fulgurante, o mar, multicor, poderoso e inabalável, naquele vai-vém infindo e descompromissado. Estou em êxtase por apenas imaginar que começo um novo ano na beira do mar. Sem ninguém ao meu lado, sem cobranças por vencer, sem prazos a me perturbar. Só beijos e delícias entre o céu e o mar. A vida, bem simples, na simplicidade vivida e desejada. Nada mais. Nada demais. Equilíbrio completo. O céu e o mar. O céu. O mar. Eu. Você. Onde estás? O céu. O mar. Até breve, mon amour!
domingo, 2 de janeiro de 2011
Barra do Jacuípe, someone's paradise
Barra do Jacuípe is sort of an unkown place located in Camaçari, Bahia, not so far from Salvador, the state's capital. Jacuípe is a very powerful river and its mouth lies right here, carving a beautiful landscape difficult to be found in many similar places. It is a paradise! There is a village, a small church, some commerce by the road, and a lot of condos. Despite being 'invaded' during the summer by people from all walks of life, it still keeps its pristine charm and beauty. It doesn't host any big resorts in this area where there are many, and it pays a price for not being the place of the rich. We have some problems related to water supply, but nothing that prevents us from feeling we are in paradise. The river, the ocean, the sky, and the stars make us forget all the inconveniences. In Barra do Jacuípe you still see "real" people, other than those plastic ladies and frantic bouncers from all over that abound like crazy bees in the resorts and chic condos all over our coast. It's still a very simple place. It's lovely because it has kept its simplicity. That's my place for a calm, sunny, and sleepy summer. For those who never heard of this place, fly to Salvador, take a van or a bus to Praia do Forte. It's right in the middle of the journey, between Arembepe and Guarajuba. It's someone's paradise. Simple. Sandy. Sunny. A paradise. Enjoy it!
sábado, 1 de janeiro de 2011
Feliz Dilma nuevo
Bem, chegou o dia dela. Chegou o nosso dia de termos a primeira mulher presidente do Brasil. Nunca na história desse país... Será que vamos continuar a ouvir esse bordão essencialmente Lulista? Ainda bem não começou seu mandato, Dilma já entra para a história. Mesmo quem por ela nutre pouca simpatia, o que é o meu caso, espero que a ex-ministra possa fazer um governo decente e que mantenha e amplie os avanços dos oito anos lulistas, empenhando-se para destruir as ervas daninhas e as ratazanas da política que, certamente, já estão devidamente instaladas nos seus gabinetes, prontas para agir. Dilma terá um Congresso recheado de absurdetes: de Tiririca a Jean Wyllys a Romário, Bebeto, Popó e afins. Mas quando não as tivemos? Será fácil governar com esse bando de gente? Sabe-se lá. Do lado de cá de quem fala, do cidadão comum, só nos resta desejar boa sorte. Good Luck, Mrs. President! O caminho será duro e o rio estará infestado de piranhas famintas e traiçoeiras. Espero que tenhas aprendido a nadar! Boa sorte, senhora presidente(a)!!! Agora, o jogo é pra valer! Boa sorte!
Assinar:
Postagens (Atom)